Aquiflora realiza salvamento de peixes em Upanema

Salvamento de peixes será no Rio do Carmo

 No próximo sábado (27), a ABDA/Projeto Aquiflora e a Colônia de Pescadores de Upanema realizam mais uma ação de salvamento de peixes. A atividade, promovida em comemoração ao Dia Nacional da Caatinga (28 de abril), será desenvolvida durante a manhã, em poços do Rio do Carmo situados nas proximidades da barragem de Umari, em Upanema. A prefeitura do município, por meio de sua Secretaria de Agricultura, dará suporte ao trabalho.

Uma parte dos peixes capturados, especificamente curimatãs e piaus, será transportada para o Centro de Piscicultura da Fazenda Lawrence, em Brejinho/RN.  Lá serão selecionados os melhores exemplares para a formação de um plantel de matrizes e reprodutores para a produção de alevinos. Estes retornarão posteriormente às suas origens para repovoamento de açudes e rios locais. Os animais não selecionados serão levados a açudes cheios, para reposição dos estoques que foram dizimados pela seca.



A ação faz parte do Programa de Salvamento de Peixes promovido nos municípios acompanhados pelo Projeto Aquiflora. Vale lembrar que a prioridade dada aos curimatãs e piaus - para a reprodução em cativeiro – ocorre por se tratar de espécies nativas que estão ameaçadas de extinção.

Coleta de animais é realizada no início da manhã

Como é feito o salvamento
A primeira etapa do trabalho é feita com o mapeamento de poços de onde os animais serão coletados e dos açudes receptores. A forma de captura, logística de transporte e soltura no ponto mais próximo também são definidos nesse momento. Feito o planejamento, a equipe inicia a coleta de animais. Ela é realizada durante a manhã, o mais cedo possível, para que a temperatura amena auxilie na sobrevivência dos animais durante o processo.

Os peixes capturados são levados ao açudes cheios mais próximos

Motivo da captura
No período chuvoso, o rio aumenta e atinge áreas além daquelas que ocupa durante a estiagem.  Depois disso, o fluxo contínuo das águas começa a ser interrompido em alguns pontos, dando lugar a poços nas partes mais fundas do leito. Os peixes que subiram o rio durante a piracema e que não conseguiram retornar a sua origem antes do rio começar a baixar, ficam presos nos poços. Caso não sejam capturados e levados aos açudes próximos, os animais ficam a mercê dos predadores e da evaporação da água.