Feliz Ano Novo!

Mudando o clima pela Educação

O foco do projeto Aquiflora é a recuperação e a preservação da fauna e flora sertanejas e nada disso pode ser feito sem a ajuda de parceiros. Veja a seguir um pouco do trabalho que foi desenvolvido ao longo do ano com escolas da região Oeste potiguar. As ações visam conscientizar a população para que ela ajude a preservar o ambiente onde vive e dissemine o conhecimento adquirido para que outras comunidades também sejam beneficiadas.

Pesquisa de alunos do Programa Mais Natureza revela detalhes de hábitos alimentares dos upanemenses

Alunas Mylena e Ionara entrevistam moradora de Upanema

Alunos do Programa Mais Natureza revelaram esta semana os resultados de uma pesquisa de grande relevância para a população, gestores públicos e para o comércio de Upanema. Após entrevistarem mais de 200 moradores do município chegaram à conclusão de que 97% da população faz suas refeições em casa e tem o frango como a principal “mistura” no prato, seguida de carnes e por último peixe e ovos. Essas e outras informações foram trabalhadas como atividade extra-curricular para estudantes do ensino fundamental da Escola de ensino fundamental Alfredo Simonetti. As pesquisas de campo do Mais Natureza são realizadas em parceria com Projeto Aquiflora, Colônia de Pescadores de Upanema e patrocínio da Petrobras através do Programa Petrobras Ambiental.

A pesquisa foi estimulada pelo programa Mais Natureza após orientações e palestras promovidas com o grupo, organizadas pelos professores Joyce Fernandes, Dorivan e Eduardo Targino,e por Priscila Rayanne, nutricionista da Prefeitura de Upanema.

Entre outros dados, os alunos revelaram que uma minoria pesquisada declarou não gostar de peixe. Por outro lado, 60% consome pescado ao menos uma vez por semana. Para 80% dos entrevistados, a preferência é pelo produto fresco, de água doce, inteiro, trinchado, sem escama e sem visceras.

Trabalhos de pesquisa em campo, sobre flora, fauna e até sobre geologia foram apresentados pelos alunos

O consumo de peixe, todavia ainda é muito pequeno a julgar pela declaração de 90% dos consultados, que compram no máximo de 1 a 2 kg por semana. O fato de não comer mais peixe foi justificado pelo preço (51%) e pela baixa qualidade (38%). Apenas uma pequena parte (3%) alegou o trabalho de preparar o peixe. O gosto de barro (30%) ficou muito atrás da qualidade (60%) na opinião dos que declararam não comer peixe de rio e açude.

Por outro lado, um dado alarmante para o poder público e que serve também como argumento de venda para o comércio é que apenas 10% dos entrevistados têm conhecimento dos benefícios do peixe para a saúde. Apenas 40% "ouviram falar" e 50% simplesmente declararam nada saber.

José Salim, coordenador do Aquiflora, durante palestra de
encerramento com a turma da escola Alfredo Simonetti

Os resultados completos da pesquisa serão divulgadas em breve pelos alunos que realizaram o trabalho. "O Mais Natureza é um grande indicador de que o nosso trabalho no projeto Aquiflora tem implantado novas ideias nas escolas dos municípios atendidos, pois a iniciativa partiu dos próprios educadores. São ações como essa que nos estimulam a dedicar ainda mais esforços para buscar o desenvolvimento da educação e consciência ambiental nas escolas", explica o coordenador geral do Aquiflora, José Salim.

A tabulação dos dados foi realizada por Marcos Oliveira, Marcos Targino, Mylena Simão e Francisca Ionara, alunos do ensino fundamental da referida escola. Resultados apresentados na aula do Mais Natureza de 19 de deste dezembro.

Pesquisa apresentada por jovem universitário no Programa Mais Natureza Aquiflora é premiada pelo CNPq

Presidente do CNPq e vencedores; José Leôncio é o primeiro à esquerda

O universitário de Agronomia da UFERSA, José Leôncio de Almeida Silva, 23 anos, recebeu ontem (16), das mãos da Presidente Dilma, o prêmio como vencedor na categoria Estudante do Ensino Superior da edição XXVII do concurso “Prêmio Jovem Cientista”, do CNPq. Os vencedores foram anunciados no dia 19 de novembro pelo presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glaucius Oliva, em Brasília. No último dia 11, Leôncio proferiu palestra para um grupo de alunos e professores do ensino fundamental de Upanema, participantes do Programa Mais Natureza, desenvolvido pelo projeto Aquiflora em parceria coma escola estadual Prof. Alfredo Simonetti.

Tendo como tema "Água: desafios da sociedade", a edição de 2013 premiou estudantes e jovens pesquisadores, escolas e universidades dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Ceará, Paraná e Pará, que contribuíram para os avanços tecnológicos, sociais, econômicos e sustentáveis dos recursos hídricos nacionais. Leôncio obteve o primeiro lugar em sua categoria com o trabalho intitulado "Mistura de Aguas Salinas como Alternativa para Irrigação e Produção de Forragem no Semiárido Nordestino", orientado pelo Prof. José Francismar de Medeiros.

MAIS NATUREZA

Estudantes de Upanema durante palestra do universitário

Na exposição que fez para os alunos do Mais Natureza, Leôncio apresentou os passos de sua pesquisa que veio a confirmar a viabilidade de uso de misturas de água doce e salobra na produção irrigada de plantas forrageiras como o milho e o sorgo, utilizados nos experimentos. Enfatizou ser o resultado bastante positivo e animador para agricultura e pecuária do sertão, tendo em vista a economia de água doce, insumo extremamente carente no semiárido para irrigação.

Na ocasião, diversas questões foram respondidas pelo pesquisador que finalizou: "os experimentos de laboratório foram positivos e o trabalho, agora será passar à prática de campo e difusão da técnica entre os produtores rurais do semiárido da região”.

Aquiflora promove soltura de Pitus no Rio do Carmo

Soltura de pitus foi realizada em Upanema

O projeto Aquiflora promoveu mais uma soltura de pós-larva de camarão Pitu no Rio do Carmo, em Upanema. A ação foi realizada nessa quinta-feira (12) e contou com a participação de professores, estudantes, pescadores e outros moradores do município. Foram soltos 3,5 mil pituzinhos em sete pontos do Rio.

 
A ação faz parte do Programa de Reposição do Pitu em seu habitat para recuperação dos estoques nos mananciais da região. O trabalho é desenvolvido em parceria com a Larvi Aquicultura Ltda, fornecedora das pós-larvas, e as Colônias de Pescadores de Upanema e Campo Grande.

Outras solturas do carcino já foram promovidas pelo Projeto no Rio do Carmo este ano, resultando na distribuição de 4,5 mil unidades do animal na região. "Os números são ainda pequenos, mas os passos dados neste ano, na tecnologia reprodutiva do pitu foram grandes e animadores para estabelecer uma frequência de soltura e acelerar o programa de reposição”, avaliou o coordenador do Aquiflora, José Salim.

Estudantes da rede de ensino local participam da ação

 

José Salim (à direita) fala sobre os números alcançados pelo Projeto este ano