terça-feira, 24 de junho de 2014

Alerta no sertão: Tatu Bola pode desaparecer nos próximos 25 anos, afirma membro da Associação Caatinga

Tatu-bola se defende de predadores enrolando seu corpo
Fonte: G1
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), ligado ao Ministério do Meio Ambiente deve anunciar em novembro deste ano a piora na classificação do status de conservação do tatu-bola, que passará de “vulnerável” para “em perigo” – uma categoria mais grave e que alerta para a necessidade de mais políticas públicas para preservação da espécie.

A mudança ocorre após cientistas calcularem que entre 2002 e 2012 houve redução de 30% do total de exemplares desta espécie, distribuídos entre os biomas Caatinga e Cerrado. Ainda não se sabe o tamanho da população existente no país, pois são necessários mais estudos para se chegar a esse dado.

A espécie foi escolhida pela Fifa para ser o mascote oficial da Copa do Mundo de 2014, batizado de Fuleco. O nome, escolhido pelo público, mistura as palavras futebol + ecologia. Porém, segundo organizações ambientais, a intenção inicial do órgão máximo do futebol mundial de promover a preservação da espécie ao torná-la um dos símbolos da Copa teria sido deixada de lado.

“Não há uma interlocução simples com a entidade, que parece não ter interesse de se envolver em questões do país-sede. Houve muitas críticas da mídia internacional sobre a exploração comercial do tatu-bola sem nenhum retorno para conservação da espécie. Não é justo para a sociedade brasileira”, disse Rodrigo Castro, secretário-executivo da Associação Caatinga, organização não-governamental que sugeriu a escolha desse tatu para mascote.

Castro sugere que uma das provas da não importância dada ao tatu-bola ocorreu no último dia 12, quando o mascote não apareceu na cerimônia de abertura, realizada na Arena Corinthians, em São Paulo.

'Oferta insuficiente'
O porta-voz da Associação Caatinga afirma que, na última semana, um representante da Fifa entrou em contato com a ONG para propor uma doação. Segundo ele, a verba foi recusada por ser insuficiente à realização de trabalhos de pesquisa e conservação da espécie.
O valor exato não foi divulgado, mas, segundo Castro, equivalia a pouco menos de 5% do investimento total necessário para executar o Plano de Ação Nacional do Tatu-bola, criado pelo Ministério do Meio Ambiente para reverter a mortalidade de espécimes. O montante exigido para este plano é de R$ 6,2 milhões, distribuídos em cinco anos.

Se nada for feito agora, Rodrigo Castro afirma que o tatu-bola pode desaparecer da natureza em até 25 anos. Devido a isso, foi lançado em maio o Plano de Ação Nacional do Tatu-bola, que tem o objetivo de aumentar a população deste animal em cinco anos. Segundo Ugo Vercillo, coordenador-geral de manejo para conservação do ICMBio, entre as ações de preservação estão previstas o retorno do monitoramento anual do desmatamento da Caatinga e o aumento da fiscalização contra a caça.

domingo, 22 de junho de 2014

Plantas nativas do sertão brasileiro podem ser peças-chave em pesquisas e ajudar nos impactos de mudanças climáticas

Umbuzeiro: uma das espécies resistentes à seca
A seriguela e o umbuzeiro, árvores comuns do Semiárido nordestino, e a sucupira-preta, do Cerrado, fazem parte de um grupo de plantas brasileiras que poderão desempenhar um papel importante para a agricultura no enfrentamento das consequências das mudanças climáticas. Elas estão entre as espécies do país com grande capacidade adaptativa, tolerantes à escassez hídrica e a temperaturas elevadas.

De acordo com Eduardo Assad, pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa Tecnológica em Informática para a Agricultura (CNPTIA) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o estudo do genoma dessas espécies pode ajudar a tornar culturas como soja, milho, arroz e feijão tão resistentes quanto elas aos extremos climáticos. Assad foi um dos palestrantes no quarto encontro do Ciclo de Conferências 2014 do programa BIOTA-FAPESP Educação, realizado no dia 22 de maio, em São Paulo.

Pesquisadores Eduardo Assad e Hilton Silveira Pinto
“O Cerrado já foi muito mais quente e seco e árvores como pau-terra, pequi e faveiro, além da sucupira-preta, sobreviveram. Precisamos estudar o genoma dessas árvores, identificar e isolar os genes que as tornam tão adaptáveis. Isso pode significar, um dia, a chance de melhorar geneticamente culturas como soja e milho, tornando-as igualmente resistentes”, disse. "Não é fácil, mas precisamos começar."

Assad destaca que o Brasil é líder em espécies resistentes. “O maior armazém do mundo de genes tolerantes ao aquecimento global está aqui, no Cerrado e no Semiárido Nordestino”, disse em sua palestra O impacto potencial das mudanças climáticas na agricultura.

Os modelos de pesquisa realizados pela Embrapa, muitos deles feitos em colaboração com instituições de outros 40 países, apontam que a redução de produtividade de culturas como milho, soja e arroz decorrente das mudanças climáticas deve se acentuar nas próximas décadas. “Isso vale para as variedades genéticas atuais. Uma das soluções é buscar genes alternativos para trabalhar com melhoramento”, disse Assad.

Fonte: Agência Fapesp

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Ecologia social: surfista cria prancha de garrafas PET

Jairo Lumertz e a prancha ecológica
O surf e a natureza são duas das maiores paixões do surfista brasileiro Jairo Lumertz. Desta receita surgiu o projeto Prancha Ecológica, que ao lado de  Carolina Scorsin,  promove há seis anos o esporte e consciência ambiental entre crianças e adolescentes na cidade de Garopaba (SC).

Além de ser um importante aliado na luta pela preservação do meio ambiente, o projeto também cumpre importante papel social ao agregar pessoas de baixa renda a uma modalidade muitas vezes restrita a classes mais altas. Fabricada com garrafas PET e canos de PVC para estruturação, os dois elementos são unidos por uma espuma rígida desenvolvida especialmente para a prancha, fortalecendo e oferecendo resistência à prancha.

Para ver mais fotos e conhecer detalhes do projeto, basta acessar a fanpage facebook.com/ProjetoPranchaEcologica

Crédito: Auto Sustentável


sexta-feira, 6 de junho de 2014

ONU: Brasil é maior exemplo de sucesso na redução do desmatamento

05/06/2014 | Brasília
Danilo Macedo – Repórter da Agência Brasil Edição: Denise Griesinger

Um relatório divulgado nessa quinta-feira (5) na reunião da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas, destacou o Brasil como exemplo de sucesso na redução do desmatamento e das emissões de gases de efeito estufa. Produzido pela Union of Concerned Scientists (UCS), com sede nos Estados Unidos, o documento intitulado Histórias de Sucesso no Âmbito do Desmatamento: Nações Tropicais Onde as Políticas de Proteção e Reflorestamento Deram Resultado traz um capítulo dedicado ao Brasil, apresentado como o país que fez as maiores reduções no desmatamento e nas emissões em todo o mundo.
Vista aérea da Amazônia (próximo a Manaus). Autor: Neil Palmer/CIAT

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Dia Mundial do Meio Ambiente


Aquiflora realiza ciclo de 11 seminários sobre a caatinga em sete municípios do Oeste potiguar

Ramiro Camacho (CEMAD): dados abrangentes da caatinga
Professores, estudantes de graduação e do ensino fundamental presentes no auditório da UFERSA de Caraúbas na manhã última terça-feira (3/5) tiveram a oportunidade de absorver um diversificado conteúdo sobre a caatinga, fauna e flora desse curioso e encantador bioma brasileiro, apresentado pelo Projeto Aquiflora.

A convite da Secretaria municipal de Educação e Desporto, as equipes do Aquiflora e do parceiro CEMAD (Centro de Estudos da Caatinga, vinculado à Universidade Estadual), ministraram palestras durante a programação da Semana do Meio Ambiente (IX Semmeia). Na oportunidade os expositores discorreram sobre a geografia, clima, animais e plantas da região, história e cultura da região, utilizando-se cadernos, folhetos e painéis impressos, recursos interativos de música, vídeo e exibição de documentários sobre a caatinga e o camarão Pitu, em risco de extinção.

José Salim, idealizador e coordenador do Aquiflora, apresentou conceitos de ecologia e cidadania
Seminário na Câmara dos Vereadores de Messias Targino
À tarde, numa quadra do Clube da Maçonaria, foi a vez de alunos do ensino fundamental e médio de escolas do município de Caraúbas participarem das palestras que, entre outros assuntos, abordaram a 
construção da Escola Sustentável num trabalho coletivo e cooperativo entre gestores, professores, alunos e pais. A reunião vespertina teve um momento cultural sobre a história da formação da caatinga e sua gente, apresentada em prosa, cantos e trovas pela equipe do CEMAD.
Seminário no auditório da Secretaria de Educação de Paraú
Momento cultural com participação de alunos do
ensino básico de Caraúbas, quadra da Maçonaria
As palestras integram a meta de um ciclo de difusão de conhecimento e educação ambiental que já passou por sete municípios da região de atuação do Projeto, na Mesorregião Oeste potiguar. Ao todo, foram 11 seminários de uma jornada de palestras assistidas por um público de 800 pessoas, entre professores, gestores, estudantes, técnicos, pescadores, ribeirinhos.

Neste ciclo, além de Caraúbas, outros dois novos municípios foram incluídos na programação, os de Messias Targino e Paraú, nos quais o Projeto teve grande receptividade e apoio das respectivas Prefeituras e Secretarias de Educação e Meio Ambiente.

SEMINÁRIOS SOBRE A CAATINGA 2014

Upanema - 22 de janeiro (professores e gestores)
Campo Grande - 12 de fevereiro (professores, gestores e técnicos)
Campo Grande – 05 de abril (agricultores, pescadores e ribeirinhos)
Upanema - 13 de fevereiro (técnicos e comunitários)
Triunfo Potiguar - 19 de fevereiro (professores, gestores e técnicos)
Paraú - 27 de março (professores, gestores e técnicos)
Janduis - 28 de março (professores, gestores e técnicos)
Messias Targino - 10 de abril (professores, gestores e técnicos)
Caraúbas - 11 de abril (professores, gestores e técnicos)
Upanema – 02 de junho (pescadores e ribeirinhos)
Caraúbas – 03 de junho (professores, gestores, estudantes)

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Primeira usina solar de Pernambuco está aberta à visitação

Usina Solar São Lourenço da Mata: potência instalada de 1 megawatt pico
A Celpe anunciou, na última terça-feira (27), que a Usina Solar São Lourenço da Mata, a primeira no gênero em Pernambuco, está aberta para visitação. A unidade é responsável pelo abastecimento de 30% da Itaipava Arena Pernambuco.

Para aprimorar a visita, o Centro de Visitação foi instalado em meio aos 3.652 painéis solares fotovoltaicos. A unidade possui potência instalada de 1 megawatt pico (MWp), capacidade suficiente para gerar 1.500 MWh por ano, o que equivale ao consumo de seis mil habitantes. O Centro de Visitação está inserido no  Programa de Eficiência Energética da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e foi criado para funcionar em paralelo com o Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) “Arranjos Técnicos e Comerciais para Inserção da Geração Solar Fotovoltaica na Matriz Energética Brasileira”, da Aneel. Além da usina, o P&D contempla outros investimentos que totalizam R$ 24,5 milhões.

Toda a estrutura para a produção de energia faz parte do roteiro de visitação. A maior atração do local é o pátio com as milhares de placas fotovoltaicas, mas há também a estação meteorológica. Esse equipamento é utilizado para monitorar as condições climáticas locais, disponibilizando dados importantes no âmbito de pesquisas e estudos em energia solar. Os visitantes ainda terão a oportunidade de participar de palestras sobre o uso seguro e eficiente da energia elétrica.

Os grupos interessados em visitar a Usina Solar São Lourenço da Mata devem entrar em contato para agendar a visitação por meio do telefone 3035-8989. As visitas guiadas são realizadas de segunda-feira a sexta-feira, das 9h às 17h, de forma gratuita.

Fonte: JC Online

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Aquiflora comemora semana do meio ambiente com soltura de Pitus

Para comemorar a Semana do Meio Ambiente este ano, o Aquiflora promoveu mais uma soltura do Camarão Pitu no sertão. As atividades ocorreram nesta segunda-feira (2) nas comunidades Caiana, em Campo Grande; Carão e os sítios Bom Jesus e Conceição, no município de Upanema. 
Os animais foram soltos em seis diferentes pontos entre Upanema e Campo Grande

Foram distribuídos 800 exemplares de animais reproduzidos pelo Projeto e os parceiros Fazenda Lawrence e Laboratório de Larvicultura Ltda (Larvi).
Pescadores e voluntários da comunidade participaram da ação
Os pitus distribuídos nos açudes têm cerca de 3cm e pesam em torno de 0,36g, cada, ainda são considerados pós-larva do carcino. O objetivo é que eles cresçam e possam se reproduzir em seu habitat natural a fim de repovoar os locais com a espécie.
Pós-larva de Pitu depositada na comunidade Caiana, em Campo Grande
A ação faz parte do programa de reposição de espécies aquáticas em risco de extinção  e contou com a participação de estudantes do programa Mais Natureza – ação que também é desenvolvida pelo Aquiflora em parceria com escolas do município de Upanema ; pescadores e comunidade local. 
Estudantes do Mais Natureza também participaram da soltura de Pitus em Upanema

domingo, 1 de junho de 2014

Aquiflora apresenta ações em reunião do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró

Estudantes de biologia e serviço social presentes no detate
A equipe do projeto Aquiflora esteve representada no último dia 29 de maio durante a reunião do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró, ocorrida no auditório do CDL de Mossoró. Um dos fatos marcantes do encontro e debate foi a presença expressiva de estudantes de estudantes, principalmente dos cursos de biologia e serviço social.

Durante a exposição, o diretor da Agência Brasileira de Desenvolvimento Sócio-ambiental (ABDA) e coordenador do Aquiflora, José Salim, ressaltou a importância do comitê na gestão do uso da água, o recurso natural mais precioso na caatinga e para o Aquiflora, por depender de água sua principal ação na região: recuperação de fauna e flora nativa da caatinga sob ameaça de extinção. Na lista de presença ficou registrada a participação de 47 pessoas, entre  membros  do comitê, gestores ambientais, vereadores, secretários municipais, profissionais da biologia, engenharia, geologia, saúde, professores, estudantes e usuários de água da bacia, confirmando a importância do debate e a participação da sociedade na gestão desse recurso vital para a existência humana na terra.

Participantes abordaram temas diversos ligados à gestão dos recursos naturais envolvendo a bacia