segunda-feira, 4 de agosto de 2014

FAO e OMS apelam por compromisso político para enfrentar a desnutrição

Foto: ONU
Fonte: fao.org
Mais de 840 milhões de pessoas estão cronicamente subnutridas, números que representam uma redução de apenas 17% desde o início da década de 90. A desnutrição é responsável por cerca de metade de todas as mortes de crianças com menos de cinco anos de idade, perfazendo mais de três milhões de mortes a cada ano.

Os dados são da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), que chama os países para discutir a questão na segunda Conferência Internacional sobre Nutrição (ICN2), que será realizada em Roma, no mês de novembro.

"Um dos objetivos da [conferência] ICN2 é fornecer a base científica para que sejam elaboradas políticas de nutrição que promovam, ao mesmo tempo, a segurança alimentar e a saúde", ressaltou a Diretora-Geral da OMS, Margaret Chan, numa mensagem de vídeo exibida durante a conferência de imprensa, realizada em junho, também em Roma.

O elevado preço da desnutrição
O diretor-geral da FAO, Graziano da Silva, salientou os custos sociais e econômicos da desnutrição para a sociedade. "As estimativas indicam que a desnutrição ocasiona uma perda de até 5% dos rendimentos globais por ano, em termos de perda de produtividade e despesas governamentais com saúde. Chega-se, com isso, a um valor estimado de 3,5 bilhões de dólares – ou 500 dólares por cada pessoa do planeta – um elevado custo, uma enorme quantia a ser paga".

Os esforços para melhorar a segurança alimentar e a nutrição continuam a ser dificultados por uma série de fatores ligados à governança, como o baixo compromisso político, a fragilidade das instituições, e a falta de coordenação e participação adequada dos atores envolvidos neste tema, afirmaram a FAO e a OMS.

A nutrição exige ação coletiva
Sublinhando que os governos são responsáveis pelo bem-estar nutricional dos seus cidadãos, e que são, portanto, chamados a liderar os esforços em prol da nutrição, Graziano da Silva afirmou que a ação coletiva também exige a participação dos parlamentos, universidades, setor privado e organizações da sociedade civil.

"Assim, os atores não-estatais têm um papel muito importante a desempenhar no contexto de ICN2, não só para construir um consenso, mas também para ajudar a implementar a linha de ação (Framework for Action) que a conferência deverá aprovar", indicou o Diretor- Geral da FAO.

Chefes de Estado e de governo, outros dignitários e líderes foram convidados para a conferência de alto nível. O Papa Francisco já confirmou sua participação.

Leia a matéria completa aqui.
Mais informações no vídeo Nutrition: a public issue (em inglês).

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